Início 2018

Membros Honorários

Ademar Lopes

Dr. Ademar Lopes foi o primeiro Membro Honorário da Academia Mineira de Medicina.

Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Triangulo Mineiro em 1973. Residência Médica na área de Cirurgia Oncológica no Hospital A.C. Camargo da Fundação Antonio Prudente, em São Paulo (1974/ 1977). Título de especialista na área de atuação de Cirurgia Oncológica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia através da Associação Médica Brasileira. Ex-estagiário do Departamento de Cirurgia do Memorial Sloan-Ketering Cancer Center, em Nova Iorque, de julho a outubro de 1983. Titular do Departamento de Cirurgia Pélvica do Hospital A.C. Camargo, de 1977 a 1990, e diretor deste Departamento de 1990 até o presente. Além das atividades relacionadas à Residência Médica, direção do Departamento de Cirurgia Pélvica e Pós-Graduação, fui, por dois anos e meio, diretor clínico do Hospital e, seis anos vice-presidente da Fundação Antonio Prudente. Doutorado (1995) e Livre-Docência (2001) pela Disciplina de Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Coordenador do Programa de Residência Médica de Cirurgia Oncológica do Hospital A.C. Camargo desde 1990 ate o presente. Professor responsavel pela Disciplina de Oncologia da Universidade de Mogi das Cruzes desde 2001 até o presente. Professor orientador do Curso de Pos-Graduação, a nível de Mestrado e Doutorado da Disciplina de Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, desde 1996 até o presente e do Curso de Pós-graduação em Ciências, na área de concentração em Oncologia da Fundacao Antonio Prudente desde 1997 até o presente, tendo como linha de pesquisa, o estudo de fatores prognósticos em tumores sólidos, principalmente câncer colorretal, urológico, sarcomas ósseos e de partes moles. Participou na formação, sob a forma de Residência Médica, de mais de um terço dos cirurgiões oncologistas atuantes nos diversos Estados brasileiros, já formou 21 mestres e 9 doutores. Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cancerologia, ?fellow? dos Colégios Americano e Internacional de Cirurgiões e da Sociedade Americana de Cirurgia Oncológica. Membro do Conselho Editorial de 6 revistas médicas nacionais e do Journal of Surgical Oncology, revista oficial da ?World Federation of Surgical Oncology Societies?. E pioneiro na introdução, no Brasil, da cirurgia citorredutora e quimioterapia intraperitoneal hipertérmica, no tratamento da carcinomatose peritoneal, algumas cirurgias preservadoras de membros em grandes sarcomas ósseos e de partes moles da cintura escapular e pélvica, juntamente com o Prof. Fernando Gentil. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cirurgia Oncológica, atuando principalmente nos seguintes temas: câncer colorretal, sarcomas de partes moles, câncer ginecológico e de mama. http://www.researcherid.com/rid/G-8526-2014; http://orcid.org/0000-0002-8317-3817

Informações coletadas do Lattes em 30/11/2018

Afiz Sadi

Afiz Sadi 1924-2010

Helio Begliomini

Afiz Sadi nasceu 15 de agosto em 1924. Era descendente de família libanesa e natural de Jardinópolis (SP). Filho de vendedor ambulante, mudou-se para Belo Horizonte onde se graduou pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Lá conheceu Juscelino Kubistchek de Oliveira que, além de político era urologista e lhe forneceu inspiração para que seguisse a mesma especialidade. Após sua formatura, através de concurso, transferiu-se para a Escola Paulista de Medicina onde fez doutoramento e livre-docência em 1955. Sucedeu a Rodolpho de Freitas e foi o segundo professor de urologia da EPM, nela pontificando como titular por 30 anos (!) – (1964-1994) até sua aposentadoria compulsória, não deixando, contudo, de exercer a medicina em seu consultório. Igualmente, colaborou com outras instituições de ensino em seus albores. Foi professor titular de urologia na Faculdade de Medicina de Santos (1967-1974) e paraninfo de sua 1o turma, em 1972; professor titular de urologia na Faculdade de Medicina do ABC (1972-1976) e diretor dessa escola de 1973-1974. Na Escola Paulista de Medicina fundou a Residência Médica em 1962 e a PósGraduação em 1975. Presidiu a Comissão de Ética Médica e Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) – sede nacional (1976-1977). Contudo, sua influência e interação com seu pares tornaram-no também presidente do Departamento de Urologia da Associação Paulista de Medicina e presidente da seccional de São Paulo da SBU (1986-1987). Ingressou como membro titular da Academia de Medicina de São Paulo em 1956, escolhendo para patrono Rodolpho de Freitas, seu antecessor e primeiro professor de urologia da Escola Paulista de Medicina. Nesse sodalício permaneceu por 54 anos (!), galgando a condição de * Titular e emérito da cadeira no 21 da Academia de Medicina de São Paulo sob o patrono de Benedicto Augusto de Freitas Montenegro. membro emérito. Outrossim, teve o privilégio de ser membro honorário da Academia de Medicina de Minas Gerais e da Academia Nacional de Medicina. Desfrutou também a condição de membro emérito da Sociedade Brasileira de Urologia Afiz Sadi era dotado de grande cultura e notória habilidade em preparar discursos e panegíricos. Dedicou-se também à literatura, produzindo ensaios, trabalhos em historiografia e crônicas. Entretanto, sua sensibilidade e vivacidade tornaram-no, particularmente um notável poeta. Segue um espécimen de sua verve dentre inúmeros poemas que produziu, intitulado “Correr do Tempo”: Quanto mais o tempo passa / Sinto o passar dos anos. / Não sinto o passar do tempo / E com o tempo, os desenganos. / Quisera que nesta vida / O tempo jamais passasse / Quanto mais o tempo passa / A vida pára. Se o tempo parasse? / Será que a vida andaria?/ Será que fim não teria? / E ao tempo o que ofertaria? / Se tempo à vida daria? / Mas tempo e vida andam juntos / A vida luta com o tempo. / O tempo dá tempo à vida / E a vida é luta sem tempo. Afiz Sadi ingressou na Academia Cristã de Letras em 1982, tendo escolhido para seu patrono Gibran Kalil Gibran. Nesse cenáculo literário teve o privilégio de enobrecer seus pares de profissão, tornando-se, ao longo de 43 anos, um dentre os três presidentes médicos desse silogeu, exercendo seus dois mandatos (1988-1989 e 1990-1991) com galhardia e denodo. Com a honra de presidente emérito, foi o fundador da cadeira no 40 e titular durante 28 anos! Dentre suas 40 comendas recebidas, destacam-se: medalha da Marinha Brasileira e da Independência da República Árabe Síria; Gran Cruz de mérito nacional; menções honrosas em poesias da Câmara Municipal de São Paulo e medalha Anchieta da Assembleia Legislativa de São Paulo. Afiz Sadi tinha como hobby o estudo da tapeçaria persa e o preparo de alguns quitutes gastronômicos. Era dotado de memória prodigiosa e grande lucidez, mesmo em idade provecta. Colaborava com artigos desde 1983 na secção “Tendências” da Folha de S. Paulo e, ultimamente, no jornal da Associação Paulista de Imprensa. Foi autor de 10 livros de urologia e 12 livros de poesia e prosa. São de sua lavra dentre outras obras: Urologia Clínica e Cirúrgica (1965); Ritmos e Semitons (1970); Urgências em Urologia (1971); Poesias em Vários Tons (1971); Patologia Urogenital (2 volumes, 1975); O Tempo e a Vida (s/d); Ritmo e Poesia (1979) Prosa & Verso (1992); Hiperplasia da Próstata – Adenoma (1998); Academia Cristã de Letras – 38 Anos (2005) e Correr do Tempo (poesias, 2008). Afiz Sadi, contrariando o tempo que parecia ter parado de correr, faleceu em 30 de junho de 2010, aos 85 anos, deixando, além da esposa, Sra. Leila, três filhos – um deles, Marcos Vinícius Sadi, afamado urologista –, cinco netos, e um apreciável somatório de serviços prestados à urologia, à ciência, à intelectualidade e à literatura.

Ângelo Barbosa Machado Monteiro

Ângelo Barbosa Monteiro Machado (Belo Horizonte, 22 de maio de 1934) é médico, professor, entomológo e escritor brasileiro.
Como médico criou o Laboratório de Neurobiologiado Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais e conjuntamente com sua esposa Conceição Ribeiro da Silva Machado (Passagem de Mariana, 16 de setembro de 1936— Belo Horizonte, 23 de agosto de 2007) foi responsável também pela criação do Centro de Microscopia Eletrônica do mesmo instituto.
Como entomologista descreveu cerca de 100 espécies de libélulas. Como homenagem de outros pesquisadores, seu nome foi incorporado a 55 organismos, entre libélulas, borboletas, abelhas, besouros, aranhas e até um fungo. Em 2016 a revista científica Zootaxa dedicou-lhe um número especial comemorativo de seus 80 anos.
Biografia
Ângelo Machado graduou-se em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1958, porém nunca exerceu a profissão, dedicando-se ao ensino e à pesquisa na área de neurobiologia. Em 1963, ainda na UFMG, obteve o título de doutor em Medicina e no período de 1965 a 1967 fez pós-doutorado na Northwestern University, Chicago, EUA.
De volta à UFMG, trabalhou durante muitos anos pesquisando a glândula pineal e o sistema nervoso autônomo, área na qual fez uma de suas descobertas mais relevantes: a formação das vesículas sinápticas de noradrenalina, a partir do retículo endoplasmático liso, nos terminais axônicos.
Também escreveu um livro didático bastante utilizado no ensino de graduação de Medicina, “Neuroanatomia funcional”.
Aposentou-se em 1987 como professor titular de Neuroanatomia e submeteu-se a novo concurso para docência, tornando-se professor adjunto de Entomologia. Assim, seu passatempo, o estudo de insetos, tornou-se profissão, o que o levou a iniciar um novo hobby: escrever livros para crianças nos quais a temática era a biologia. Essa atividade que lhe rendeu um Prêmio Jabuti em 1993 na categoria de Literatura Infantil. Eventualmente escreveu livros para adolescentes e adultos, como Os fugitivos da esquadra de Cabral (em 2000) e Manual de sobrevivência em festas e recepções com bufê escasso (1998).
Em 2015 doou sua coleção pessoal de 35 mil libélulas catalogadas para a UFMG.
Condecoracoes
No dia 12 de maio de 2015 recebeu o prêmio Bom Exemplo, que destaca a personalidade do ano em Minas Gerais.
Obras Literárias
Ângelo Machado tem uma vasta produção literária em que predominam os livros escritos para os públicos infantil e juvenil.

Literatura Cientifica
Neuroanatomia Funcional

Literatura infanto juvenil
A barba do velho da barba
O boto e seus amigos
O casamento da ararinha-azul: uma história de amor
Chapéuzinho Vermelho e o lobo-guará
O dilema do bicho-pau[8]
Douradinho, douradão, rio abaixo, rio acima
O esquilo esquecido
Estraladabão-tão-tão, o trovão
A festa de aniversário da Aline
Os fugitivos da esquadra de Cabral
Gente tem, bicho também: dente
Gente tem, bicho também: língua
Gente tem, bicho também: garganta
Gente tem, bicho também: nariz
Gente tem, bicho também: olho
O livro do pé
Manual de sobrevivência em festas e recepções com bufê escasso
O menino e a rã
O menino e o rio
A outra perna do Saci
O ovo azul
Que bicho fez o buraco?
Que bicho será que a cobra comeu?
Que bicho será que botou o ovo?
Que bicho será que fez a coisa?
O rei careca
Será mesmo que é bicho?
O tesouro do rei
O tesouro do quilombo
O velho da montanha: uma aventura amazônica
A viagem de Tamar, a tartaruga verde do mar
O vô e o vento
A mula com cabeça

Atualmente é Professor Emérito pela UFMG, exercendo atividades no Departamento de Zoologia nas áreas de taxonomia de libélulas e espécies ameaçadas de extinção. Como ambientalista, tem participado dos principais movimentos para a conservação da natureza no Brasil, sendo fundador e Presidente do Conselho Curador da Fundação Biodiversitas. Foi presidente da Comissão de Meio Ambiente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Recebeu, em 2017, o título de Pesquisador Emérito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do qual foi membro do Conselho Deliberativo, do Comitê Assessor de Biologia, Genética e Morfologia e do Comitê Editorial. No mesmo ano, recebeu, do Conselho Federal de Biologia, o título de biólogo honorário. É membro das Academias Brasileira de Ciências, Mineira de Medicina e Mineira de Letras.

Bernardo Léo Wajchermberg

Grande Perda na Endocrinologia Brasileira

A endocrinologia perdeu hoje um de seus grandes nomes. A SBEM, com pesar, informa o falecimento do Dr. Bernardo Leo Wajchenberg. O enterro será nesta terça-feira, às 11h, no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.

“Não gosto de gente velha. Só estou atualizado porque fico cercado dos residentes” – Professor Bernardo Leo Wajchenberg. O Dr. Bernardo Leo foi autor de mais de 200 artigos científicos, teve dois livros publicados e dezenas de capítulos em publicações, centenas de citações de artigos no mundo inteiro e ocupou o cargo de presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Mesmo depois dos 80 anos continuava acumulando produções científicas de reconhecimento mundial e mantendo diálogo terno com seus pacientes. Em 2007, recebeu o Distinguished Physician Award, da Endocrine Society, a partir de uma indicação da SBEM. “O Dr. Amélio Godoy-Matos me indicou para o prêmio. Ele pediu meu currículo e, por milagre… ganhei. Quando recebi a correspondência, achei que tinha algo errado. Resolvi conferir, ligando para os Estados Unidos e a senhora que me atendeu confirmou que era eu mesmo”, contou o professor.

O professor Wajchenberg seguiu a carreira médica pelo desejo do seu pai. Ele dizia que não tinha vocação. “Não vou dizer que me arrependo porque seria ridículo. Já que estou fazendo é melhor não me arrepender. Eu acredito no trabalho”.

Fonte: Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. http://www.tireoide.org.br/grande-perda-na-endocrinologia-brasileira/

Carlos da Silva Lacaz

Nasceu em 19 de setembro de 1915, em Guaratinguetá (SP).

Filho de Rogério da Silva Lacaz, professor de matemática, de quem também foi aluno, e de Judith Limongi Lacaz.

Graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 1940.

Pesquisador, professor, administrador, escritor, personalidade marcante pela cultura solidamente adquirida e pela sóbria eloquência sempre evidenciada, o professor Carlos da Silva Lacaz conduziu suas atividades profissionais no mais alto nível ético e científico, constituindo-se exemplo às jovens gerações médicas e afirmativa da nobre tradição que respalda a História da Medicina no Brasil.

Iniciou suas atividades docentes como Assistente, já no 1° ano seguinte à formatura. Galgou todos os postos da hierarquia universitária através de concursos de títulos e provas. Professor Catedrático de Microbiologia e Imunologia e Professor Titular do Departamento de Medicina Tropical e Dermatologia da FMUSP. Foi Diretor da Instituição de 1974 a 1978, reformulou o ensino e criou novas vagas para a carreira universitária, abrindo os horizontes para novos docentes, entre os quais dezessete novas posições de Professor Titular, uma das quais destinada à Neurologia. Criou o Museu da FMUSP (atualmente Museu Carlos da Silva Lacaz), do qual foi Diretor Vitalício. Deu foro ao tombamento da Casa de Arnaldo, gigantesca tarefa que concluiu enquanto a dirigia. Definiu e regulamentou os Laboratórios de Investigação Médica (LIM) do Hospital das Clínicas da FMUSP, com os quais procurou-se dotar a instituição de um liame com a pesquisa médica básica, já que destas fora privada a escola pelo novo estatuto da Universidade de São Paulo.

Foi Secretário de Higiene e Saúde da Prefeitura de São Paulo e membro de dezenas de Sociedades Científicas nacionais e estrangeiras. Foi presidente da Academia de Medicina de São Paulo; da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia, Sociedade Brasileira de História da Medicina e o 3º Presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores.

Auxiliou na criação da Faculdade de Medicina de Sorocaba da PUC-SP; da Faculdade de Medicina de Jundiaí e da Faculdade de Medicina de Campinas, sendo, nas duas primeiras, Professor Titular do Departamento de Microbiologia e Imunologia.

Escritor e historiador da Medicina, tem em seu acervo cerca de 37 livros publicados, vários dos quais revivendo a memória das ilustres personalidades que engrandeceram a História da Medicina Brasileira. Participou de congressos, desenvolveu ininterrupta atividade didática através de inúmeros cursos, palestras e conferências realizadas, além das atividades curriculares diurnas. Pesquisador incansável, publicou mais de trezentos trabalhos científicos.

Recebeu diversos prêmios, podendo-se destacar os prêmios Domingos Niobey (1951) e Alfred Jurzykowski (1968), pela Academia Nacional de Medicina.

Sua aposentadoria ocorreu, por força de lei, em 1985, mas o Acadêmico continuou até o último de seus dias na Faculdade de Medicina da USP, nela desenvolvendo sua pesquisa científica e a ela dando o brilho de sua mente e o melhor do seu desempenho humano.

Teve seu nome expresso na denominação Lacazia loboi, como proposta à comunidade científica internacional para um novo gênero de fungo como agente etiológico da doença de Jorge Lobo.

Na ocasião de sua candidatura a Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada ”Infecções por Agentes Oportunistas. Casuística Pessoal”.

Faleceu em 23 de abril de 2002.

Fonte: texto do site da Academia Nacional de Medicina

http://www.anm.org.br/conteudo_view.asp?id=248&descricao=Carlos+da+Silva+Lacaz

Ênnio Leão

O Academico Ennio Leao possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (1955), doutorado em Ciencias da Saude pela Universidade Federal de Minas Gerais (1979) e residencia-medica pela Universidade Federal de Minas Gerais(1956). Atualmente é Nenhum da Universidade Federal de Minas Gerais e Nenhum da Revista Médica de Minas Gerais. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Saúde Materno-Infantil. Atuando principalmente nos seguintes temas:Pediatria, Especialização.

Fonte: Escavador.

Ernane Agrícola

Formou-se em Odontologia em 1912 e médico em 1919 pela Faculdade de Medicina de Belo Horizonte. É pioneiro no país na luta contra a hanseníase e participou da elaboração do Plano Nacional de Combate à Lepra em 1935. É considerado um dos maiores leprologistas do continente.
Foi homenageado com o nome do Centro Municipal de Saúde do bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro. Existe ainda uma rua Ernane Agrícola no bairro Buritis, na cidade de Belo Horizonte.

Euryclides de Jesus Zerbini

Pioneiro da cirurgia cardíaca no Brasil e do transplante cardíaco no mundo, o Professor Zerbini representou um raro exemplo de homem que merece ser chamado de benfeitor. Médico cirurgião e professor, ele viveu para promover a valorização da vida de seu semelhante. Além de desempenhar, com zelo e competência, seu nobre ofício de curar, Professor Zerbini desenvolveu novas tecnologias cirúrgicas que lhe permitiram criar as primeiras técnicas de operação do coração no Brasil, a despeito da escassez e da deficiência de recursos existentes à época (década de 1960).

Curar os desprovidos e os desamparados tornou-se sua bandeira. E a criação do Instituto do Coração, o grande sonho de sua vida. No caminho para a realização desse desejo visionário, contou com colaboradores fundamentais, entre eles o clínico Prof. Dr. Luiz Venere Décourt.

Em 10 de janeiro de 1977, o desejo visionário da criação de um grande centro de excelência em cardiologia e pneumologia se concretiza com a inauguração do InCor – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Em seguida, a visão criativa e corajosa do Professor Zerbini e de seus colaboradores abre uma nova fronteira. É criada a Fundação Zerbini, um modelo internacional de fundação de apoio de direito privado a hospital público universitário.

Biografia

Filho de Eugênio Hugo Zerbini e de Enerstina Teani, Euryclides de Jesus Zerbini nasceu na cidade de Guaratinguetá, Estado de São Paulo, em 7 de maio de 1912, sendo o caçula de sete irmãos.

Ainda garoto e morando em Campinas com seus pais, Zerbini freqüentou o Colégio Diocesano Santa Maria em 1927 e 1928, onde também estudou Luiz Venère Decourt. Já formado, em 24 de janeiro de 1949, o Professor casou-se com a Dra. Dirce Costa, médica formada na Faculdade de Medicina da USP em 1948. Seus filhos: Roberto, Eduardo e Ricardo.

Formação Acadêmica

Em dezembro de 1929, Zerbini mudou-se para São Paulo e em 1930 foi aprovado no Exame Vestibular da Faculdade de Medicina de São Paulo, sendo diplomado em 6 de dezembro de 1935.

Já formado em 1936, Zerbini iniciou suas atividades cirúrgicas no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo na 17ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Em 1939, trabalhando no Hospital São Luiz Gonzaga da Santa Casa, passou a se dedicar à cirurgia torácica e pulmonar, o que o levou, em 26 de março de 1941, a defender a sua tese de Livre-Docência, cujo conteúdo dizia a respeito à colapsoteraia do pulmão afetado pela tuberculose.

Site Referência Bibliográfica

Site Exposição Zerbini: Homem, o Cirurgião, o Cientista – Publicação utilizada no Ciclo de Exposições do Centenário da Faculdade de Medicina- USP – Realizado pela Universidade de São Paulo, FMUSP, HCFMUSP, Instituto do Coração, Fundação Zerbini e Fundação Faculdade de Medicina.

Fonte: Fundacao Zerbini.

Fritz Köberle

Fritz Köberle nasceu em 1 de outubro de 1910 em Eishgraben, na Áustria. Formou-se na cidade de Viena e se doutorou em 1934.

Em 1932, ainda acadêmico, iniciou na Patologia na Policlínica de Viena.
Em 1943, foi transferido para a Universidade de Münster, como Livre-Docente. Dirigiu o Instituto Patológico Bacteriológico e Sorológico de St. Polten (Baixa Áustria), acumulando as funções de Perito Permanente de Medicina Legal e posteriormente a de Legista Chefe do Serviço Médico Legal e Perito-Médico da Rota Romana.

Transferiu-se para o Brasil para organizar o Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em 1953. Dirigiu este departamento até o ano de sua aposentadoria, em 1976.